RESUMO Este artigo se insere em um conjunto de elucubrações sobre arte e política que venho realizando ao longo da última década. Diversamente de outras publicações, meu foco aqui é a relação entre música e política ou, antes, o musicar terrorista de uma artista específica, Linn da Quebrada. Interessa-me como esse musicar afeta a construção de uma localidade e é construído mutuamente por ela, criando coalizões que servem de semente para comunidades imaginadas dissidentes que são também comunidades de prática. Posteriormente, utilizo tanto desidentificação, tal como conceituada por José Estebán Muñoz, quanto a noção de reXistência (nossa, política, cotidiana) para refletir sobre algumas motivações inerentes a esse musicar, atentando de que maneira a aproximação entre música e política faz qualquer sentido formalista de estilo musical hesitar. Por fim, em minhas alucinações finais, aciono questões relacionadas à colonialidade do pensamento e dos corpos para pensar que musicar e localidade confluem na criação de esferas públicas éticas e estéticas na qual a lógica dominante do CIStema colonial e necropolítico não é régua comum. década publicações ou antes específica Quebrada Interessame Interessa me ela prática Posteriormente desidentificação Muñoz nossa, nossa (nossa cotidiana hesitar fim finais comum
ABSTRACT This article is part of a set of elaborations on art and politics that I have been carrying out over the last decade. Unlike other publications, my focus here is the relationship between music and politics or, rather, the terrorist musicking of a specific artist, Linn da Quebrada. I am interested in how this musicking affects the construction of a locality and is mutually constructed by it, creating coalitions that serve as seed for imagined dissident communities that are also communities of practice. Subsequently, I use both disidentification, as conceptualized by José Estebán Muñoz, and the notion of reXistence (ours, political, daily) to reflect on some motivations inherent in this musicking, paying attention to how the approximation between music and politics makes any formalist sense of musical style falter. Finally, in my final hallucinations, I bring questions related to the coloniality of thought and bodies to think that musicking and locality converge in the creation of ethical and aesthetic public spheres in which the dominant logic of the necropolitical colonial CIStem is not a common rule. decade publications or rather artist Quebrada it practice Subsequently disidentification Muñoz ours, ours (ours political daily falter Finally hallucinations rule